Nas próximas semanas, a cidade de Nova York estará respirando tênis e de lá devem surgir conversas fascinantes antecedendo um evento que promete ser bastante competitivo: o torneio individual feminino do US Open.
Como normalmente acontece a essa altura, ao observarmos as favoritas do mercado para o individual feminino do Grand Slam, Iga Świątek *3,500 surge à frente de Aryna Sabalenka *6,000 e Elena Rybakina *6,000. Mas, como nenhuma delas conseguiu vencer torneios Masters em quadra dura recentemente, temos a sensação de que veremos um US Open muito competitivo na próxima semana.
US Open 2023: podem Gauff e Pegula representar os maiores desafios no torneio?
Apesar da grande competitividade entre as jogadoras da WTA Tour não chegar a ser um fenômeno raro, em que muitas jogadoras são capazes de vencer umas às outras, as últimas semanas têm sido um exemplo extremo disso. Esse período também proporcionou desempenhos equilibrados (tanto positivos quanto negativos) para algumas das jogadoras que estão à frente do atual mercado Vencedora do torneio aqui na Pinnacle.
Essa é a primeira vez que não desconsideramos Gauff em um Grand Slam.
As americanas Coco Gauff *11,000 e Jessica Pegula, cotada ao mesmo valor, estão entre as jogadoras que chegam ao US Open com desempenho positivo. Gauff venceu em Cincinnati, derrotando Świątek na semifinal que a levou à disputa do título. E não é só isso: recentemente, Gauff também se sagrou vencedora em Washington sem perder um único set contra jogadoras de alto nível. Enquanto a jovem tenista está cotada um pouco abaixo do que normalmente é para um Grand Slam, essa é provavelmente a primeira vez que ela entra na disputa de um Slam com dados recentes excelentes e contando com vitórias em partidas contra muitas de suas rivais.
Jessica Pegula, por outro lado, venceu em Montreal, derrotando Gauff, Świątek e Liudmila Samsonova (mais sobre ela em breve) e chega a Nova York em boa forma. Os dados em quadra dura sugerem que o serviço de Pegula não é tão bom quanto o da Gauff, mas ela tem os melhores números quando o assunto são as devoluções, e parece uma forte competidora de segunda linha.
Mas, para que essas duas tenham chance na disputa, muito provavelmente terão de passar por jogadoras como Świątek, Sabalenka e Rybakina. Świątek foi derrotada nas semifinais em dois eventos recentes em quadra dura, mas ostenta, de longe, os melhores dados em quadra dura do ano na temporada (nenhuma das outras jogadoras chega perto dela em devoluções). Sabalenka não tem mostrado grande desempenho nos últimos tempos, perdendo para Samsonova e Karolina Muchova recentemente, mesmo tendo sido considerada a grande favorita antes da partida em ambas as ocasiões.
Rybakina tem outros problemas com que se preocupar, depois de ter se retirado do evento em Cincinnati com uma lesão inexplicada, o que pode ter sido uma medida preventiva, ou não. Não é surpresa ver a tenista do Cazaquistão chegando a um Grand Slam com uma possível lesão, mas certamente não é algo positivo.
US Open 2023: há algum valor mais adiante no mercado?
É, provavelmente, mais fácil escolher jogadoras que parecem ter alguma chance de vencer do que as que não têm, sendo possível traçar aqui uma linha de separação entre inúmeras tenistas no torneio. A vencedora de Wimbledon, Markéta Vondroušová *19,000, tem boas chances de continuar fazendo uma grande exibição em Nova York. Por sua vez, a já mencionada Samsonova *26,000 tem talento, mas é inconsistente.
As vitórias sobre Rybakina, Sabalenka e Belinda Bencic para garantir um lugar na final de Montreal demonstram seu inegável talento, mas a derrota para Pegula na final também retrata sua inconsistência. Embora tenhamos visto que Samsonova é capaz de derrotar competidoras de alto nível, ser capaz de o fazer durante sete partidas consecutivas é uma coisa completamente diferente
Outra jogadora no sorteio que devemos ter em consideração é Mirra Andreeva *31,000, que não jogou nos eventos Masters de agosto e que, praticamente, ainda não jogou em quadra dura na temporada principal. Apesar disso, a tenista de 16 anos já mostrou que aprende rápido, alcançando a quarta rodada de Wimbledon entre as classificadas, embora não tenha realmente jogado em quadras de grama antes. Ela também conseguiu se classificar e chegar à terceira rodada do Torneio de Roland Garros. Fora do Top 32, Andreeva será um daqueles nomes que nenhuma jogadora cabeça de chave vai querer ver perto do seu depois do sorteio. Confira a análise de Dan Weston com a prévia das apostas no torneio individual masculino aqui.